Saudações Gamers!
Inaugurando a sessão NostalBits com um clássico inesquecível, digno de inúmeras sequências, reboots, jogos alternativos e, se o tempo permitir, remakes de qualidade para os fãs do gênero e da franquia.
Como sou das antigas, conheci Ninja Gaiden ao alugar uma “fita” na locadora perto de casa (dava uma boa caminhada de uns 10 minutos, mas era “perto”). O principal requisito, ao alugar, era quando pegávamos as capas dos jogos, com aquelas artes fantásticas (na maioria das vezes bem toscas, mas legais pra época) e imagens das telas do jogo na parte de trás (a gente não sabia muito bem inglês naquela época, então escolhíamos pelas gravuras mesmo). E assim decidi levar pra casa o famoso - só que eu nem sabia o que era ainda - e divertido Ninja Gaiden para o Nintendinho. Sim! Eu tinha um Phantom System, clone do Nintendo pela Gradiente (era mais barato, então meus pais conseguiram comprar), e aceitava apenas cartuchos de 72 pinos (eu nem sabia o que era isso na época, até alugar um que não encaixava no meu console).
Continuando a saga, cheguei em casa, numa sexta-feira à tarde, depois da escola e dos deveres prontos - esta era a regra! - O cheirinho de casa limpa do fim de semana e o conforto de ligar o videogame sem que a mãe mandasse desligar pra fazer as tarefas (durante algumas poucas horas, aliás, quem nunca ouviu a mamãe dizer: desliga isso senão vai estragar a televisão!). Aquela sensação de jogo novo era sempre indescritível, até começarmos a xingar tudo e todos à volta - até as irmãs que ali se sentavam próximas pra ver o que estava acontecendo tinham culpa quando morríamos, e neste game era uma rotina morrermos e começarmos tudo novamente. Esta era a marca dos jogos daquela época, sem salvamentos, sem muitas horas de campanha - a dificuldade estava em passar as fases até o final sem esgotar os continues.
Ninja Gaiden, lançado no Japão como Ninja Ryukenden (lenda da espada do dragão), era um jogo de beat-em-up (na minha visão era um adventure de plataformas) desenvolvido pela Tecmo e criado por Hideo Yoshizawa, que deu início à franquia de sucesso da empresa. O primeiro jogo foi lançado para fliperama (desculpa, os anciões chamam o arcade desse nome antiquado) em Outubro de 1988. A trilogia inicial era do Nintendinho (para os mais íntimos), ou NES (Nintendo Entertainment System) como a maioria dos gamers costumam chamar, entre os anos de 1989 e 1991. Nesta época o game ficou famoso pelas “cut-scenes” mostrada durante as fases, o que era novidade, e também pela ótima ação e a grande dificuldade do game.
A saga original fez tanto sucesso que rendeu versões para outros consoles da época e handhelds - eu até cheguei a jogar um mini-game raro, mas algum amigo meu tinha e eu joguei bastante, e era muito divertido!
Não vou entrar em detalhes sobre as versões subsequentes, porque este não é o foco da matéria. Porém, o SNES (Super Nintendo Entertainment System) tinha um cartucho com os três primeiros jogos da série, que foi lançado em 1995 para o console que estava em ascensão.
A história gira em torno de Ryu Hayabusa, descendente da linhagem dos dragões, destinados a proteger o planeta contra os Archfiends, entidades místicas que dominavam o planeta pelo ódio e o medo. Hayabusa é o último descendente de um clã de ninjas que lutava contra estas entidades malignas, empunhando a Espada do Dragão, o único artefato capaz de destruí-los.
Ninja Gaiden II saiu em 1990 (apesar de que eu só havia jogado o primeiro da saga entre 1991 e 1992, porque não eram tão divulgados aqui no Brasil) contando os eventos de um ano após a derrota de Jaquio (vilão do primeiro game). Ninja Gaiden III, lançado em 1991, consolidou a série com os melhores gráficos lançados para o NES naquela época, e a melhor jogabilidade, na minha opinião (apesar de ser o mais fácil da franquia original).
Ryu Hayabusa está presente em outros games, como Dead or Alive e até mesmo Nioh do PS4. As séries subsequentes já possuem jogabilidade muito diferenciadas, utilizando Hack-and-Slash em jogos adventure, com visuais impressionantes e violência gratuita pra lá de empolgantes.
Para a nova geração de gamers, o jogo é visto como algo “hiper difícil” ou até mesmo “impossível”, como descreve um autor de um vídeo que assisti há algum tempo.
Allejo descreve o jogo como uma “obra do satanás criado por 7 belzebus no Japão no fim dos anos 80”, e que “põe à prova toda sua fé na vida e no bem da humanidade”. Após jogar o game com cheats de energia e vidas infinitas, Allejo confessa que “em vários momentos” ficou “tentado a atirar meu controle aqui do sétimo andar” enquanto “curtia” o game.
Ninja Gaiden é um dos melhores games de plataforma da geração NES, e até hoje tem seguido como exemplo da franquia, que apesar do gênero diferenciado, mantém a qualidade do game daquela época de sucesso.
Minha nota da franquia original (1988 a 1991): 9/10.
Minha nota da franquia Hack-and-Slash (2005 a 2012): 9/10.
Fonte: Wikipedia https://pt.wikipedia.org/wiki/Ninja_Gaiden
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